Jaqueline: Eu amo o meu estado!

22/04/2010 13:00

    

    A mágoa da campeã da Superliga Jaqueline Carvalho disse ter por Pernambuco, noticiada por um jornal do estado, repercutiu como um desabafo da atleta que, apesar de tudo, declara seu amor ao estado natal. “Nunca escondi meu amor ao meu estado, tanto que quando joguei a Copa BMG ano passado, quando pisei na quadra do Sport eu senti uma emoção indescritível, a única coisa que falei é que não tenho tanto reconhecimento em Pernambuco como tenho em outros estados”, conta a jogadora.

“Não sei como anda a estrutura do voleibol pernambucano, saí muito nova de lá e acompanhei pouco, mas só de ter uma equipe jogando a Superliga já se pode ver que as coisas começaram a mudar. Mas o objetivo da matéria é ajudar as outras atletas que sei que tem ali no estado, mas não tem oportunidades por falta de clubes”, explica a campeã olímpica. “Tem outras jogadoras pernambucanas espalhadas pelo Brasil, joguei contra a meio-de-rede Viviane Araújo que estava no Mackenzie e tem a Dani Lins que representa bem o estado, mas ainda são poucas”.

    Na matéria veiculada pelo JC de Pernambuco a mágoa se refere a organização, políticos e torcedores, mas a atleta explica que não é bem assim. “Tenho um fã-clube que me acompanha por onde vou e tem vários rostinhos pernambucanos que me recordo. Não tenho nada contra eles, muito pelo contrário, sou muito grata pelo carinho e procuro retribuir sempre. Mas por exemplo, quando cheguei das olimpíadas em São Paulo tinha fãs chorando, seguranças nos protegiam da multidão e quando cheguei em Pernambuco nem a imprensa me procurou direito”, desabafou.

 De casa para o mundo

    A história em que a adolescente sai de perto da família para se dedicar o esporte acontece todos os dias, independente do estado em que elas moram. Natália, a maior pontuadora da decisão da Superliga recentemente abriu ao publico uma carta em que sua mãe enviou ao técnico Luizomar de Moura há sete anos, quando a jogadora tinha apenas 14 anos e saiu de casa, no Espírito Santo, para se dedicar ao esporte de coração. Na carta a mãe da jogadora pede ao técnico “Por favor, seja um paizão para a minha filha”.

    E não é só dos estados em que não tem tanta tradição no vôlei que isso acontece, a ponteira Alessandra Fratoni, atualmente na Itália, que nasceu e sempre morou na cidade de São Paulo, também teve que se despedir da família ainda com os mesmos 14 anos de Jaqueline para se dedicar ao vôlei.

Falando nela...

    Alessandra Fratoni, que joga no Verona da Itáilia, é uma personagem muito importante na carreira da ponteira Jaqueline Carvalho. Em 2002 as jogadoras foram convocadas para a Seleção Brasileira do técnico Marco Aurélio Motta e Alesinha, como é conhecida no vôlei, era titular da equipe de Motta, mas sofreu com uma lesão no joelho e voltou para se tratar, Jaqueline jogou em seu lugar e se despontou para o voleibol mundial naquele ano.

Fonte: https://www.melhordovolei.com.br/o_conteudo.asp?tipo=1¬icia=n018443

Voltar

Pesquisar no site

© 2010 Todos os direitos reservados.

div id="disqus_thread">
blog comments powered by Disqus