Sobre Jaqueline no Vôlei Brasil

14/01/2011 17:41

 

Pernambucana, 26 anos, casada com o ídolo do vôlei brasileiro Murilo Endres (jogador da seleção brasileira e Sesi-SP), um dos preferidos das tietes, de volta ao Brasil e ao clube onde foi revelada ao mundo do voleibol. Ela é Jaqueline Maria Pereira de Carvalho, a Jaqueline, camisa oito do Sollys/Osasco, que veio da Itália substituir ninguém menos que a super ídola Paula Pequeno. Bagagem para a tarefa, aliás, não falta à jogadora.

Pela seleção brasileira foi vice-campeã mundial infanto-juvenil (1999) e adulta (2006), campeã mundial juvenil (2001), três vezes campeã do Grand Prix (2005, 2006 e 2008), campeã da Copa dos Campeões (2005), campeã olímpica (2008), além de outras conquistas. Jogando em equipes brasileiras foi tricampeã da Superliga (2002/2003 e 2003/2004 – hoje Sollys/Osasco; 2005/2006 – atual Unilever). Na Europa, foi vice-campeã do Campeonato Italiano atuando pelo Monte Schiavo Jesi e campeã representando o Scavolini Pesaro. Ainda em solo europeu foi campeã do Campeonato Espanhol com a equipe do Murcia.

Com um currículo incontestável dentro de quadra, Jaqueline também é vencedora na vida. A atleta já passou por várias situações adversas e foi preciso muita força para seguir em frente no voleibol, além, é claro, do amor pelo esporte. A jogadora passou por cirurgias, teve complicação com a circulação sanguínea de sua mão (nesta época, em 2002, ficando fora do campeonato mundial adulto) e foi vetada às vésperas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de janeiro (2007) por ter sido reprovada no exame anti-doping. Motivos para desânimo? Não para a ponta do Sollys/Osasco que foi determinada, superou os momentos de dificuldade, retornou à seleção brasileira e foi coroada com o título olímpico, em Pequim-2008.

Em entrevista exclusiva ao VôleiBrasil, por telefone, a atacante do time paulista falou sobre sua volta ao Brasil e à equipe onde começou sua trajetória no vôlei, Superliga 2009/2010 e estrutura, temporada na Europa, seleção brasileira, superação e, claro, um pouco da vida pessoal. Ela contou onde foi o primeiro encontro do casal e disse qual o segredo para manter uma relação estável como a deles. Ah! Ela revelou que Murilo é muito ciumento!

 

 

RETORNO AO BRASIL E AO SOLLYS/OSASCO

“Estou muito feliz, deu tudo certo para a nossa volta ao país. Eu recebi o convite do Luizomar ( técnico do Sollys/Osasco) e o Murilo do Giovane (técnico do Sesi-SP). Conseguimos voltar juntos. E, além disso, voltei para o lugar onde fui revelada. Fui campeã brasileira duas vezes jogando no Osasco e quero poder fazer tudo o que fiz naquela época, ajudar minha equipe. É o meu time de coração”.

SUPERLIGA 2009/2010 E ESTRUTURA

“O meu objetivo é ser campeã. A competição está muito forte e eu nem imaginava dessa maneira. Mas comparo ao campeonato italiano, onde há times que você não acredita que vão chegar e surpreendem. A estrutura do Sollys/Osasco é excelente. A Nestlé veio com tudo de primeiro mundo. Espero que outras equipes também possam contar com bons patrocinadores e que estes, depois, façam o recontrato para a permanência dos times”.

TEMPORADA NA EUROPA

“O primeiro ano, na Itália, foi bem difícil. Outro país, outra cultura. E o Murilo ficava a duas horas e meia de onde eu morava. O segundo, na Espanha, já foi muito melhor. Tinha a Valewska, a Fofão e a minha família por perto. Depois, de volta à Itália, foi tudo muito especial. Fui muito feliz jogando no Pesaro. 
Ter jogado na Europa foi um aprendizado. Precisei encarar as dificuldades de se virar sozinha. Hoje, me sinto muito mais madura e mais centrada”.

SELEÇÃO BRASILEIRA

“Todo atleta quer estar no grupo da seleção. Mas, agora, estou pensando mais na minha equipe, o Sollys/Osasco. Se o Zé Roberto me chamar, claro, vou de braços abertos. Se for para ajudar, estarei sempre pronta. Tenho objetivo de voltar à seleção e ajudar a equipe”.

SUPERAÇÃO

“Em nenhum instante, mesmo ainda muito nova quando veio a primeira cirurgia, pensei em parar. Foram momentos complicados que passei, mas só queria dar a volta por cima. Aprendi muita coisa com as situações difíceis, não só no meio esportivo como na vida também. Posso dizer que sou uma pessoa vencedora e hoje estou muito feliz”. 

O MARIDO MURILO

“O primeiro encontro foi em São Paulo. Eu jogava pelo BCN e ele pelo Banespa. Demorou três meses para sairmos (risos). Acho que não tem um segredo, mas confiança e sinceridade são fundamentais. E a gente se entende muito bem, acho que por sermos atletas entendemos as dificuldades da profissão.
Agora, o mais ciumento? Com certeza, o Murilo! Eu sou tranquila. Quando retornei ao Brasil vi que tenho muito o carinho dos fãs e ele também. Falam que as mulheres são mais avançadas, mas os homens também são. Ele tem mais ciúme (risos)”.

 

Fonte: Vôlei Brasil

Voltar

Pesquisar no site

© 2010 Todos os direitos reservados.

div id="disqus_thread">
blog comments powered by Disqus