Entrevista concedida ao site de Fernanda Venturini, em março de 2005

10/08/2010 14:34

Ela é um exemplo de superação. Após ficar dois anos sem jogar por causa de seguidas contusões, Jaqueline volta em grande estilo, e é um dos destaques da equipe do Rexona-Ades.



1- Jaque, o que você está achando da Superliga 2004/2005?
JC- É um ano de renovação, já que as mais velhas foram jogar no exterior. As novatas foram ocupando seu espaço, e acabam aparecendo novos valores para seleção brasileira, que também está se renovando.

2- O que te motivou a vir jogar no Rexona-Ades?
JC- No período que estava no Finasa não tive a oportunidade de jogar com a Fernanda, porque fiquei dois anos parada. Era a minha oportunidade de trabalhar com ela e com o Bernardinho. Eu não pensei duas vezes, vim pra cá que também tem um grande elenco, e estou aprendendo muito.

3- Como você avalia o seu rendimento individual?
JC- Eu estou achando ótimo, porque fiquei dois anos parada. Então, agora que estou começando a treinar mais, porque no início eu não treinava como as outras jogadoras. Agora meu físico está melhorando muito, eu estou feliz porque estou voltando a ser o que era antes. Eu pensei que fosse ser muito difícil, mas graças a Deus, está dando tudo certo.

4- Como é trabalhar com o grau de exigência do Bernardinho?
JC- É ótimo. Ele é um técnico de seleção brasileira, foi do feminino e agora está no masculino, campeão olímpico. Qual o atleta que não queria trabalhar com ele?

5- Os gritos e broncas incomodam muito?
JC- Acho que é o jeito dele. Todo mundo conhece ele que não vai mudar. Às vezes motiva, às vezes intimida, mas a gente quer aprender com ele. Não adianta ficar falando que não gosta das broncas, porque no final o resultado é positivo.

6- Sua primeira contusão grave foi o problema de circulação na mão, depois vieram as duas cirurgias seguidas no joelho. Você pensou em algum momento em desistir?
JC- Quando eu tive o problema de circulação da mão, eu estava numa fase maravilhosa, com 17 anos titular da seleção brasileira adulta, jogando direto, foi um susto. Vieram as duas cirurgias no joelho, mas nunca pensei em desistir. Quando fui fazer a segunda cirurgia no joelho, pensava sempre que iria voltar, que serviria de exemplo pra outras atletas jovens que poderiam estar passando por isso também. Queria mostrar que a pessoa quando quer, ela pode, mesmo sendo difícil.

7- Foi muito sacrificante a sua reabilitação?
JC- Muito, mas eu acho que sou um exemplo pra todo mundo que venha passar por isso. Acho que sirvo de motivação pra essas pessoas.

8- E seus planos em relação a seleção brasileira?
JC- Meus planos eram voltar e jogar bem, isso eu consegui. A comissão técnica, o Fiapo, o Marquinhos fizeram um trabalho maravilhoso comigo, e por isso estou fazendo uma boa Superliga, o restante que vier pra mim é lucro.

9- Você comentou no início que um dos fatores que te motivou a jogar no Rexona foi a possibilidade de jogar com a Fernanda Venturini. Toda atacante tem esse sonho?
JC- A Fernanda é um exemplo de mulher, está sempre ensinando as jogadoras mais novas, passando a experiência que ela tem. Acho que as futuras levantadoras tem ela como espelho. As atacantes sonham em jogar com a Fernanda, porque ela faz a jogadora, como aconteceu na Superliga passada com a Mari.

10- Próxima temporada, você fica no Rexona?
JC- Não sei, ninguém ainda conversou sobre isso. A gente só está pensando nas finais da Superliga, só depois vou pensar nisso.

11- Você é uma jogadora vibrante, que chama a torcida, fala um pouco dessa sua proximidade com o torcedor.
JC- Eu sou uma jogadora nova, estou começando, procuro sempre contagiar com alegria as jogadoras mais velhas. Acho maravilhoso quando faço um ponto, olho pra torcida e vejo eles vibrando.

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